Conforme evidencia o advogado Carlos Alberto Arges Junior, a advocacia criminal é uma das áreas do Direito que mais enfrenta questionamentos éticos e dilemas morais. Advogados que atuam na defesa de acusados de crimes são frequentemente confrontados com desafios que envolvem princípios éticos, deveres profissionais e a busca pela justiça. Afinal, qual é o papel do advogado criminalista? Ele deve defender qualquer cliente, independentemente da gravidade do crime? Até onde vai o limite da ética nessa atuação?
O advogado criminalista deve defender qualquer cliente?
Um dos maiores dilemas éticos da advocacia criminal está no princípio de que todo acusado tem direito à defesa. O artigo 133 da Constituição Federal estabelece que o advogado é indispensável à administração da Justiça, o que significa que ele tem o dever de atuar na defesa de qualquer pessoa que busque sua assistência, independentemente da natureza do crime.
O doutor Carlos Alberto Arges Junior explica que o Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) estabelece regras claras para a conduta do advogado criminalista. Entre os princípios mais importantes estão o sigilo profissional, a lealdade ao cliente, a urbanidade no trato com juízes e promotores e a busca pela verdade dentro dos limites legais. Ademais, o advogado deve atuar com independência, evitando influências externas que possam comprometer sua isenção.

Quais são os principais dilemas éticos na advocacia criminal?
A advocacia criminal impõe desafios diários para os profissionais da área. Entre os dilemas mais comuns estão:
- Defender um cliente que confessa a prática do crime – O advogado pode saber que seu cliente é culpado, mas isso não significa que ele deve abdicar da defesa. O seu papel não é julgar, mas garantir que os direitos do acusado sejam respeitados e que ele tenha um julgamento justo.
- Descobrir que o cliente está mentindo – Caso um advogado perceba que seu cliente está tentando enganar a Justiça, ele pode aconselhá-lo a dizer a verdade, mas não pode quebrar o sigilo profissional. Se a mentira comprometer a ética da defesa, o advogado pode renunciar ao caso.
- Uso de estratégias para enfraquecer a acusação – O advogado pode questionar provas e apontar falhas no processo, mas não pode fabricar provas ou instruir testemunhas a mentirem, pois isso violaria o princípio da legalidade e poderia resultar em sanções disciplinares e criminais.
Carlos Alberto Arges Junior frisa que embora o advogado tenha o dever de defender seu cliente da melhor forma possível, ele não pode ultrapassar os limites éticos e legais. Por exemplo, ele não pode incentivar a prática de crimes, ocultar provas ou instruir seu cliente a mentir. Além disso, a defesa deve ser pautada no respeito ao ordenamento jurídico, sem recorrer a táticas que prejudiquem a integridade do processo.
O sigilo profissional pode ser quebrado?
O sigilo profissional é um dos princípios mais sagrados da advocacia, o advogado não pode revelar informações que obteve de seu cliente, pois isso comprometeria a confiança na relação profissional. No entanto, há exceções. O Código de Ética da OAB permite a quebra do sigilo caso o advogado seja obrigado a se defender de uma acusação contra ele próprio ou se houver risco iminente de um crime grave ser cometido.
Como considera o Dr. Carlos Alberto Arges Junior, a reputação de um advogado criminalista está diretamente ligada à sua conduta ética. Profissionais que atuam dentro dos princípios do Direito, respeitando as normas da OAB e mantendo uma postura íntegra, ganham credibilidade no meio jurídico e perante a sociedade. Por outro lado, advogados que adotam práticas antiéticas podem sofrer sanções, perder clientes e comprometer sua carreira.
A importância da ética na advocacia criminal
A advocacia criminal é uma área desafiadora, onde o profissional precisa equilibrar a defesa dos direitos do cliente com os princípios éticos e legais. Para advogado especialista, Carlos Alberto Arges Junior, embora o advogado tenha o dever de defender qualquer acusado, ele não pode ultrapassar os limites da ética para beneficiar seu cliente. Em um contexto de constantes questionamentos sobre a atuação de advogados criminalistas, a ética continua sendo o pilar fundamental da credibilidade e do respeito à profissão.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior
Site: argesadvogados.com.br