Como destaca Ediney Jara de Oliveira, a ampliação desse acesso não é apenas agenda social, é vetor direto de produtividade, inovação e desenvolvimento sustentável. A inclusão financeira passou a ocupar posição central nas estratégias de crescimento de países emergentes. Siga a leitura e veja que quando populações historicamente excluídas têm acesso a contas, crédito, meios de pagamento e serviços financeiros básicos, o ciclo econômico se transforma: negócios surgem, famílias ganham previsibilidade e regiões inteiras ampliam sua capacidade de consumo.
Por que a inclusão financeira acelera o desenvolvimento?
Milhões de pessoas ainda vivem à margem do sistema financeiro formal, dependentes de dinheiro vivo, crédito informal e condições instáveis de transação. No entendimento de Edinei Jara de Oliveira, essa exclusão limita o crescimento porque impede planejamento, restringe investimentos e aumenta o custo de participar da economia.
Quando cidadãos abrem contas de baixo custo, acessam pagamentos digitais e passam a registrar movimentações financeiras, criam histórico capaz de destravar crédito com juros mais acessíveis. Pequenos empreendedores conseguem ampliar estoque, comprar equipamentos e negociar melhores prazos com fornecedores. Famílias conseguem organizar orçamento, lidar com emergências e projetar metas de longo prazo.

Impacto sobre micro e pequenos negócios
Micro e pequenos empreendimentos representam parcela expressiva do PIB em países emergentes, porém muitos ainda operam sem qualquer relação com o sistema bancário. Segundo Ediney Jara de Oliveira, a inclusão financeira aproxima esses negócios de produtos básicos como maquininhas de pagamento, capital de giro, seguros acessíveis e ferramentas digitais de controle financeiro.
À medida que empreendedores se formalizam, ganham acesso a mercados maiores, participam de licitações, recebem via plataformas digitais e passam a ser avaliados não apenas por garantias físicas, mas também por dados de faturamento. Essa formalização progressiva eleva a produtividade e estimula novas contratações, criando efeito multiplicador no território.
Pagamentos digitais e redução de custos sociais
A difusão de pagamentos digitais simplifica transações, reduz riscos de transporte de dinheiro e diminui custos indiretos associados ao uso de papel-moeda. Como sugere Edinei Jara de Oliveira, cada transferência eletrônica concluída representa menos tempo gasto em filas, menos deslocamento e menor vulnerabilidade a perdas ou furtos.
Governos também se beneficiam ao adotar pagamentos digitais para benefícios sociais, salários públicos e serviços essenciais. O fluxo se torna mais transparente, reduz fraudes e fortalece a rastreabilidade de recursos. Essa digitalização contribui para ampliar arrecadação e aprimorar políticas públicas, já que indicadores ficam mais precisos.
Infraestrutura, tecnologia e políticas públicas integradas
A inclusão financeira avança quando infraestrutura tecnológica, políticas públicas e inovação privada atuam de forma complementar. Plataformas de contas simplificadas, interoperabilidade entre sistemas de pagamento, regulamentação para fintechs e incentivos a produtos destinados à população de baixa renda ajudam a ampliar o alcance. De acordo com Ediney Jara de Oliveira, a integração entre bancos tradicionais, fintechs e agentes comunitários acelera o processo e reduz desigualdades regionais.
Programas governamentais que estimulam formalização, oferecem capacitação e ampliam cobertura de internet favorecem ainda mais a entrada de novos usuários no sistema financeiro. A presença digital torna-se porta de acesso para serviços avançados, como crédito orientado, seguros inclusivos e microinvestimentos.
Inclusão financeira como estratégia de longo prazo
Embora os resultados iniciais sejam rápidos, os ganhos mais profundos aparecem no longo prazo. Comunidades financeiramente incluídas apresentam maior estabilidade econômica, menor dependência de crédito informal e capacidade ampliada de poupança. Como resume Ediney Jara de Oliveira, isso reduz vulnerabilidade a crises, fortalece o comércio local e impulsiona cadeias produtivas que antes permaneciam estagnadas.
Além disso, a inclusão financeira abre portas para educação econômica, digitalização de serviços públicos e aumento da produtividade agregada. Países que colocam esse tema no centro de suas estratégias desenvolvem economias mais resilientes, capazes de crescer de forma consistente.
Autor : Aleksander Araújo