Em um cenário de crescente descrença nas instituições, o fortalecimento da ética na gestão pública é mais do que desejável: é essencial. De acordo com Ricardo Chimirri Candia, a aplicação efetiva de valores éticos, códigos de conduta e políticas anticorrupção representa o caminho mais consistente para resgatar a confiança da população e garantir maior legitimidade às ações do poder público. Ética, nesse contexto, não é conceito abstrato, mas uma diretriz operacional que deve nortear todas as decisões governamentais.
A ausência de transparência e a impunidade em casos de má gestão fragilizam o vínculo entre Estado e sociedade. Por outro lado, quando há coerência entre o discurso institucional e a prática administrativa, a percepção pública muda. Saiba mais a seguir:
Valores da ética como base da gestão pública responsável
A incorporação de valores éticos na gestão pública exige mais do que boas intenções. É necessário estabelecer compromissos explícitos com a integridade, a justiça, o respeito ao bem comum e a imparcialidade. Esses princípios devem ser aplicados tanto no plano estratégico das políticas públicas quanto na rotina administrativa, influenciando desde licitações até a relação com o cidadão.

Segundo o engenheiro Ricardo Chimirri Candia, uma administração guiada por valores sólidos é mais eficiente e menos suscetível a práticas oportunistas. A ética, quando institucionalizada, promove decisões mais equilibradas e fortalece a cultura organizacional. Além disso, inspira servidores a agirem com responsabilidade, reduz o risco de desvios e melhora o ambiente interno nos órgãos públicos, gerando maior engajamento e senso de missão coletiva.
Códigos de conduta como instrumentos de integridade
Os códigos de conduta são documentos fundamentais para orientar o comportamento dos agentes públicos. Elaborados com base em princípios legais e morais, eles definem claramente o que é aceitável e o que configura desvio ético. Esses códigos precisam ser amplamente divulgados, compreendidos e aplicados, de modo que sirvam como referência em situações cotidianas e em dilemas complexos.
Nesse sentido, como ressalta Ricardo Chimirri Candia, mais do que normativos, os códigos de conduta devem ser ferramentas vivas, integradas às ações de formação, avaliação e controle. Quando bem implementados, eles estabelecem um padrão claro de expectativas e promovem a responsabilização de atitudes incompatíveis com o interesse público. Além disso, reforçam o princípio da impessoalidade e reduzem as margens para favoritismos e discricionariedades indevidas.
Combate à corrupção e reconstrução da confiança institucional
O combate à corrupção é um dos maiores desafios da administração pública contemporânea. A ética, nesse sentido, atua como elemento central na prevenção e no enfrentamento dessas práticas, ao estruturar sistemas de controle, promover a transparência e estimular a denúncia de irregularidades. Não se trata apenas de punir os desvios, mas de criar um ambiente institucional onde eles não floresçam.
Conforme apresenta Ricardo Chimirri Candia, a confiança da sociedade só será restaurada quando o cidadão perceber que há um compromisso real com a integridade. Isso passa pela adoção de mecanismos de controle social, auditorias independentes, canais seguros de denúncia e responsabilização efetiva de gestores infratores. Um governo ético se constrói com ações concretas, e sua reputação é fruto direto da coerência entre promessa e prática.
Ética como pilar da boa governança pública
Em síntese, a ética tem o poder de transformar profundamente a gestão pública, tornando-a mais justa, eficiente e respeitada. Quando valores, códigos de conduta e mecanismos de integridade são incorporados à estrutura estatal, cria-se um ciclo virtuoso em que a confiança da população é recompensada com serviços de maior qualidade. Como frisa Ricardo Chimirri Candia, investir em ética na administração pública não é apenas uma exigência normativa, mas uma escolha estratégica.
Autor: Aleksander Araújo