Em uma decisão recente, o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão preventiva de uma blogueira de 73 anos em medidas cautelares, incluindo a restrição de acesso à internet. A blogueira havia sido detida sob acusação de incitar atos antidemocráticos.
A decisão de Zanin veio após a defesa da blogueira argumentar que a prisão era desproporcional, considerando a idade avançada e o estado de saúde da acusada. O ministro acatou o pedido, alterando a prisão por medidas menos severas.
Entre as medidas impostas, a blogueira está proibida de acessar redes sociais e de se comunicar com outros investigados no mesmo caso. Essas restrições visam impedir a propagação de conteúdos que possam incitar à violência ou desordem pública.
O caso ganhou destaque nacional, levantando debates sobre a liberdade de expressão e os limites de atuação nas redes sociais. Os especialistas divergem sobre a adequação das medidas, ponderando entre a segurança pública e os direitos individuais.
A blogueira, conhecida por suas opiniões controversas, já havia sido alvo de investigações anteriores. No entanto, esta é a primeira vez que se enfrenta uma restrição tão severa em relação ao uso da internet.
A decisão do ministro Zanin reflete uma tendência crescente no Judiciário brasileiro de buscar alternativas de prisão preventiva, especialmente em casos que envolvam idosos ou com condições de saúde delicadas.
Organizações de direitos humanos manifestaram preocupação com a decisão, argumentando que a restrição de acesso à internet pode ser vista como uma forma de censura. Eles defendem que o combate aos discursos de ódio deve ser equilibrado com a proteção das liberdades civis.
O caso da blogueira de 73 anos continua sendo monitorado de perto, tanto por autoridades quanto pela sociedade civil, enquanto o Brasil debate o papel das redes sociais na divulgação de informações e responsabilidade de seus usuários.