A União Europeia (UE) apresentou uma nova estratégia para fortalecer a democracia e combater a desinformação online. O plano convoca grandes empresas de tecnologia — as chamadas big techs — e influenciadores digitais para atuarem de forma mais rápida e eficaz contra notícias falsas e outros tipos de conteúdo manipulado.
Principais pontos da iniciativa
A estratégia, chamada European Democracy Shield, busca integrar ferramentas já existentes da UE com novos mecanismos, evitando falhas na proteção contra interferências externas, especialmente em períodos eleitorais.
Entre as medidas previstas estão:
- Implementação de um protocolo de incidentes e crises ligado à Lei de Serviços Digitais (DSA), permitindo respostas mais rápidas a operações de desinformação em larga escala.
- Exigência de que plataformas participantes do código de conduta contra desinformação aprimorem sistemas de detecção e identificação de conteúdos gerados ou manipulados por inteligência artificial.
- Criação de uma rede voluntária de influenciadores, que ajudará a disseminar informações confiáveis sobre regras da União Europeia e práticas digitais responsáveis.
- Formação do European Centre for Democratic Resilience, responsável por facilitar a troca de conhecimento e recursos entre os países-membros da UE.
Motivações e contexto
A iniciativa surge em meio a preocupações sobre interferências externas e sobre a capacidade das plataformas digitais de reagirem a campanhas de desinformação — principalmente durante eleições. Entre as big techs envolvidas estão Google, Meta, TikTok, Microsoft e a plataforma X.
O que muda para o usuário
Para os cidadãos europeus, a nova diretriz pode resultar em:
- Maior proatividade das plataformas na sinalização de conteúdos falsos ou manipulados.
- Identificação mais clara de conteúdos gerados ou alterados por inteligência artificial.
- Participação ativa de influenciadores na promoção de uma internet mais transparente.
- Melhoria geral da qualidade das informações circulando online, reduzindo a propagação de notícias falsas.
Autor: Aleksander Araújo